quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Impressões


Por mim sei que cheguei
aonde não esperava chegar

o sentimento com que então
me encontrei
não é nenhum que fantasiei

é outro que nem cogitei

é o de estar num lugar

de sonho

de alegria e apaziguamento

pode ser que seja o céu
ou pelo menos quem sabe
a morada do encantamento
Thiers de Mattos ­ julho 2001


Luiza começou a caminhar cedo, tocou piano aos quarto anos, e depois, aos treze, esqueceu os sons e mergulhou na vida desprovida de tons e semitons, ficando com um ritmo que não era o seu.Entrou em outras danças, percebeu outras músicas, e de repente ouviu os atabaques. Tinha então trinta anos mais ou menos. Atrás dos atabaques vieram os bongôs, os chocalhos, os pandeiros. Um dia, no frenético mover deste sons, percebeu nascer ou renascer dentro do peito uma nota. Primeiro foi o dó, dó de si e do mundo. Depois veio o ré, marcha-ré de tanto mêdo. Quando chegou o mi veio engatinhando, quase um miado, e foi preciso o fá para fazer alguma coisa afim de não perder a luz do seu sol. O lá que ela pensava longe estava logo ali, e ainda mais perto estava o som de si se ela qusesse é claro ser novamente o som que veio ao mundo. Maravilhada em poder ter todas as escalas ela não mais se assustou com os ritmos, e aprendeu a incorporá-los em suas notas. Hoje quando atabaques, gongôs, pandeiros, zabumbas e surdos lhe invadem a alma, Luiza os recebe, ouve, e dança com eles sem perder seu canto, e a cada minuto, a cada virada do vento, ela percebe novas notas e novos ritmos. Graves, agudos, doces, amargos, mas acima de tudo sons: não mais perdidos, mas vividos. 

Para Sonia que é infinita música, o resultado de um dos muitos insights 
provocados por seus atabaques.

Luiza - Porto Alegre 16 de julho de 1999




Eu fiz o "Vibrato Crescente" e algumas sessões individuais, e além disso alguns workshops curtos assim que a Sonia Prazeres chegou de volta ao Brasil. A Sonia é uma das pouquíssimas pessoas que eu conheço (e isso incluindo todas as áreas), que faz um trabalho que eu considero realmente nota 10... meu objetivo é deixar o trabalho da Sonia um pouco mais visível - não tem nenhum sentido ela ser "um dos segredos mais bem guardados do Brasil"
Eduardo Ochs



Sonia, achei o máximoS descobri que posso explorar a minha voz sem limites. 
Desenvolvi também o meu lado humano ainda mais, acho muito importante poder conviver com várias pessoas e aprender um pouco com cada uma delas. Estou muito contente, e quando subí ao palco soltei a minha voz e encarei o público de frente. Olhei lá de cima, o teatro me pareceu pequeno. O seu trabalho é excelente, vencí várias etapas, cresci muito.

Ana Alessandra



A respeito do curso Oficina da Voz, eu senti que depois do trabalho eu 
passei a enxergar a mim mesma como um instrumento, que posso utilizar de diversas formas, com diferentes timbres e ainda abusar da emoção na hora de cantar, e até mesmo em toda a minha vida... Achei a Oficina da Voz um curso maravilhoso. Além de fazer a gente perder a timidez, depois que eu fiz o curso eu comecei a afinar, pois era o meu emocional que interferia na qualidade da minha voz...